quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dilma resiste a pressão da base e pode ampliar 'faxina'

Pastas como Cidades e Trabalho também podem ser alvo da limpeza nos quadros, encomendada pela presidenta

AE | 21/07/2011 10:49





Foto: AE Ampliar
Assessores de Dilma Rousseff dizem que não há riscos para governabilidade
A despeito das queixas de aliados pelas demissões de representantes do PR no setor de Transportes por supostas irregularidades, a presidenta Dilma Rousseff já deu demonstrações de que pretende manter o rigor na "faxina" nos ministérios sempre que surgirem denúncias que sejam consideradas relevantes.
Embora haja mal-estar persista na base de sustentação do Planalto, assessores do governo dizem que não há preocupação com a governabilidade.

Dilma recebeu ontem o ministro das Cidades, Mario Negromonte, que integra a cota do PP na Esplanada.
A pasta está na lista de possíveis novos alvos da "faxina" encomendada pela presidenta, assim como o Ministério do Trabalho, comandado por Carlos Lupi, do PDT, informaram assessores do governo.
Em recados que chegaram nos últimos dias ao gabinete da presidenta, aliados disseram que até concordam com as mudanças, mas reclamaram das atitudes duras de Dilma em relação aos representantes do PR.

A presidente e sua equipe dizem que foi possível manter a marca de "austeridade" durante a "limpeza" nos Transportes, com 16 demissões. Dilma continuará a dispensar envolvidos em acusações, mas avisou que não será "refém" nem de denúncias publicadas pela imprensa nem de dossiês.
 Até mesmo a cúpula do PT está apreensiva com o estilo duro da presidente. Na tentativa de amenizar esse incômodo, auxiliares da presidente observam que não há divergências, por exemplo, com o PMDB, maior partido da base. Eventuais divergências no futuro, dizem, devem ser tratadas caso a caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 16 de julho de 2011

Dilma quer que ministro afaste envolvidos em irregularidades

A presidente Dilma Rousseff determinou ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que afaste ou demita servidores envolvidos em irregularidades, em meio a denúncias que já atingiram assessores da pasta e provocaram a saída do ministro anterior, Alfredo Nascimento, no início do mês. "Eu tenho clara determinação da presidenta da República, é no sentido de fazer os ajustes, promover o afastamento ou até mesmo a demissão, se necessário, de quem quer que seja que tenha comprovadamente uma conduta pública incompatível com aquilo que deve ser a postura de um servidor público", disse o ministro a jornalistas.
Nascimento e dois assessores da pasta deixaram seus cargos por denúncia, divulgada pela revista Veja, de que fariam parte de um suposto esquema de arrecadação de propinas em favor do Partido da República (PR). A legenda e Nascimento negam as acusações.
Na sexta-feira, outros servidores ligados ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também foram afastados, após reportagens. O diretor-executivo órgão, José Henrique Sadok de Sá, foi afastado temporariamente do cargo após denúncias de suposta corrupção. Sadok de Sá ocupava interinamente a diretoria-geral do órgão depois que o titular, Luís Antônio Pagot, foi afastado no começo do mês, devido a denúncias de praticar irregularidades no Dnit. Pagot nega as acusações.
O Dnit informou, por meio da assessoria, que também foi afastado na sexta Frederico Augusto de Oliveira Dias, que atuaria como assessor do departamento.
Passos não descartou que outros servidores sejam substituídos, desde que haja "cabimento" e "razões" que as justifiquem.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

PR quer audiência com Dilma para discutir futuro dos Transportes (Postado por Erick Oliveira)

O líder do PR na Câmara, deputado federal Lincoln Portela (MG), afirmou nesta segunda-feira (11) que o partido tenta agendar uma audiência com a presidente da República, Dilma Rousseff, para discutir se o PR de fato iindicará um nome para comandar o Ministério dos Transportes.
O indicado do partido para o cargo, senador Blairo Maggi (MT), já antecipou que a "tendência" é não aceitar a pasta. Embora Maggi ainda não tenha oficializado a negativa ao convite, a legenda já começa as articulações para tentar manter o comando da pasta.

"O nome do Blairo surgiu naturalmente, de forma espontânea, mas não vai ser ele. Pelo que tenho visto, ele não vai ser o homem do ministério. Então, precisamos agora conversar com a presidente Dilma e ver se ela está disposta a manter que o PR poderá fazer a indicação. Se ela [Dilma] disser que não pode esperar, que nós [PR] não vamos poder indicar, em nada vai mudar a relação. Vamos continuar com o projeto de governo", afirmou o líder do partido.

Ainda na sexta-feira, quando afirmou que a tendência seria não aceitar o cargo, Maggi disse que deveria dar uma resposta oficial ao partido ainda nesta segunda-feira. Maggi afirmou que chegou a ser sondado pelo minstro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para assumir o cargo, além de receber uma indicação oficial do PR.
Sem a definição oficial do substituto, o ministério está sob o comando interino do secretário-executivo da pasta, Paulo Passos, que é filiado ao PR, mas não tem apoio da legenda para se manter no cargo.
Sem citar nomes, Portela diz que o partido já tem outras alternativas em discussão para indicar, mas só vai falar em nomes depois de ter a confirmação da presidente de que a pasta será mantida com o PR. "O PR tem quadros de total competência, que podem assumir o ministério, mas a condução do processo é da presidente. Se a presidente confirmar que a indicação é nossa e puder esperar mais uns dias, vamos falar em nomes", afirmou o deputado.
O Ministério dos Transporte enfrenta uma crise desde o começo desde mês, depois que denúncias de superfaturamento em obras resultou no afastamento da cúpula da pasta. Aluns servidores, entre eles Luiz Antônio Pagot, diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), foram afastados. O governo também determinou a abertura de uma sindicância para apurar as denúncias. Na última quarta-feira (6), o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não resistiu e deixou o comando do ministério.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Paulo Sérgio Passos assume interinamente o Ministério dos Transportes

Chico de Gois

BRASÍLIA - A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto informou agora há pouco que Paulo Sérgio Passos assume interinamente o Ministério dos Transportes. A presidente Dilma Roussef não tem prazo para escolher o ocupante definitivo do cargo.
Paulo Passo e é homem de confiança de Dilma. Ele já foi secretário-executivo dos Transportes em várias ocasiões, e ano passado foi ministro, quando Alfredo Nascimento saiu para disputar o governo do Amazonas. Passos se filiou ao PR ano passado.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ministro dos Transportes pode demissão

Nesta semana, VEJA havia publicado uma reportagem denunciando um esquema de propina no ministério


Renato Araujo/ABr
O novo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, fala durante transmissão de cargo na sede do Ministério
Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes: senador vai reassumir cargo na Casa

Brasília – O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, encaminhou há pouco pedido de demissão, em caráter irrevogável, à presidente Dilma Rousseff. Nesta semana, a revista Veja publicou reportagem denunciando um esquema de cobrança de propina no ministério comandado por Nascimento.
De acordo com a denúncia da revista, a propina era paga para o PR – partido do ministro. A reportagem de Veja provocou o afastamento de quatro funcionários da cúpula do ministério. Nascimento é senador e vai reassumir sua vaga na Casa.